Idealizada para se tornar referência na viticultura brasileira, a sétima edição da Vitis Aurora, feira de negócios, inovação e sustentabilidade realizada pela Cooperativa Vinícola Aurora ocorre entre os dias 7 e 9 de maio, na unidade da empresa em Pinto Bandeira, na Serra Gaúcha. A Vitis Aurora tem como sua principal marca o foco na apresentação de soluções para os desafios do dia a dia de quem produz.
O evento, que tem o apoio da Emater/RS-Ascar, é voltado para agricultores, estudantes e profissionais da agronomia e enologia. É aberto ao público para visitação gratuita, das 8h às 17h30. Cerca de 100 expositores, 10 palestras e mesas-redondas e mais de 5 mil pessoas são esperadas na edição deste ano.
A feira vai abordar alguns assuntos que foram muito debatidos e vivenciados nos últimos meses, como a mão de obra, a mecanização da colheita, o uso racional de defensivos e linhas de crédito específicas para a viticultura, além das tendências climáticas para a safra 2024/2025. Nos intervalos das palestras, cinco startups apresentarão soluções e inovações tecnológicas para aplicação no cultivo da videira.
Durante os três dias da Vitis Aurora também serão oferecidos, gratuitamente, minicursos de degustação de vinhos. Haverá ainda o espaço para gastronomia e Feira do Artesanato e Produtos Coloniais, com a comercialização de produtos de associados e familiares da Cooperativa Vinícola Aurora.
A solenidade de abertura será no dia 7 de maio (terça-feira), às 10h30, com a presença dos membros do Conselho de Administração da cooperativa e de autoridades.
A Emater/RS-Ascar está organizando excursões para os agricultores da região interessados em visitar a feira, com subsídio da Sicredi, sendo uma oportunidade de formação para técnicos e produtores.
Plantas de cobertura do solo
Na feira, a Emater/RS-Ascar, vinculada à secretaria de Desenvolvimento Rural, conta com um espaço demonstrativo para manejo das plantas de cobertura do solo em parreiral, onde extensionistas rurais estarão atendendo os visitantes. A área possui gramíneas de inverno, como aveia e azevém, além de nabo forrageiro, ervilhaca e trevo branco. E, neste ano, pela primeira vez, a Emater/RS-Ascar apresenta um experimento com trigo mourisco, no intuito de implementar o cultivo sucessivo, uma nova metodologia desenvolvida pela Instituição e que vem sendo bastante adotada pelo viticultores recentemente.
“O trigo mourisco é uma planta de verão que sendo semeada no outono ainda consegue completar o ciclo. A intenção é de, na palhada deste, no inverno, fazer uma sobressemeadura com aveia preta algumas semanas antes da poda seca das videiras, obtendo-se dois cultivos com uma produção de massa seca muito maior, não dando oportunidade para as ervas espontâneas germinarem e se estabelecerem”, explica o extensionista rural da Emater/RS-Ascar Enio Ângelo Todeschini. Ele destaca ainda que o trigo mourisco, sendo semeado no outono, é um excelente pasto apícola em época de ausência de florescimento de espécies tradicionais.
“A semeadura de aveia preta sobre a palha do trigo mourisco é bem aceita pelos viticultores, mesmo com a semeadura tardia da aveia preta, porque no período da poda seca da videira a aveia estará no início da germinação, não interferindo no trabalho dos podadores, evitando o risco de se molharem ou tropeçarem em pedras ou irregularidades do terreno”, conclui Todeschini.
Foto: Assessoria de Imprensa Emater/RS-Ascar – Regional de Caxias do Sul
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