O projeto que prevê a instalação de rampas de escape em rodovias do Rio Grande do Sul foi sancionado pelo governador Eduardo Leite, nesta segunda-feira (18). Agora, a partir de estudos prévios sobre números de acidentes em determinadas regiões do estado, poderão ser instaladas as áreas para desaceleração dos veículos — principalmente caminhões — em grandes declives.
De acordo com o autor da iniciativa, deputado Guilherme Pasin (PP), o mecanismo já era realidade em outros estados e, agora, teremos as mesmas condições que vizinhos como Santa Catarina e Paraná de salvar vidas. “O número de acidentes nas rodovias do estado foram a grande motivação deste projeto. Antes, olhávamos para o lado e víamos que outros estados proporcionaram esta segurança aos seus. Agora, estamos em pé de igualdade para cuidar dos nossos motoristas que trafegam pelas estradas gaúchas”, destaca Pasin.
Em trechos de descidas acentuadas, as rampas de escape assumem um papel crucial na segurança viária. Elas servem para reduzir a velocidade de veículos com falhas nos freios ou outras dificuldades de frenagem. Através da resistência ao rolamento proporcionada por materiais como areia, cascalho e pedregulhos, ou da desaceleração gravitacional em subidas, as rampas de escape permitem que os motoristas controlem seus veículos de forma segura, evitando colisões e preservando vidas.
As rampas poderão ser instaladas em rodovias estaduais existentes, a serem construídas ou duplicadas, diretamente pelo Estado ou por meio de concessão. A ERS-431 em Bento Gonçalves e a ERS-129 na “Curva da Morte”, em Muçum, ostentam um histórico preocupante de acidentes e mortes no trânsito e são exemplos de espaços que poderiam receber rampas de escape. Nos últimos 10 anos, as duas rodovias registraram 339 ocorrências, 22 delas fatais, um cenário que clama por medidas urgentes.
A instalação das áreas de escape surge como uma resposta necessária para conter essa escalada de tragédias. A expectativa é que o mecanismo atue como um freio na imprudência, reduzindo a velocidade dos veículos e, consequentemente, o número de acidentes e vítimas.
Foto: Thais Schauenberg Garcia