A Corsan recebeu anuência da prefeitura de Bento Gonçalves para dar reinício ao projeto de canalização e tratamento do esgoto doméstico despejado no Lago Fasolo, apresentado pela estatal ao município em julho deste ano. As obras iniciam com a instalação da primeira, das duas estações de tratamento previstas para o local.
A informação é do Secretário Municipal de Meio Ambiente, Osmar Bottega. O lago, situado no bairro Progresso, próximo ao centro da cidade, há mais de 30 anos abriga o descarte irregular de esgotamento sanitário de cerca de 50 moradias do entorno, com a proliferação de algas que, ocasionalmente, causam mortandade de peixes. Segundo Bottega, essa primeira estação será instalada em breve no final de uma das margens do lago, com capacidade para tratar parte desse esgoto doméstico. O projeto da Corsan para despoluir o manancial prevê a instalação de duas estações de tratamento de esgoto.
O Secretário Osmar Bottega salienta que as ações na prefeitura iniciaram com o levantamento topográfico e mapeamento da área. Acrescenta que o IPURB está pesquisando, no Cartório de Registro de Imóveis, matrículas correspondentes a área, para referenciar para a prefeitura o processo de servidão pública.
Frente Parlamentar em Defesa do Lago Fasolo
Os vereadores integrantes da Frente Parlamentar em Defesa do Lago Fasolo (presidente Agostinho Petroli; relator José Antônio Gava e membros Edson Rogério Biasi, Eduardo Pompermayer – Duda, Rafael Luiz Fantin – Dentinho e Thiago Israel Fabris), tem acompanhado de perto as ações da prefeitura.
Na sessão ordinária do último dia 21 de setembro, o Presidente da Comissão, Agostinho Petroli, usou a tribuna para relatar ações do Executivo voltadas à demanda, entre elas os levantamentos da topografia e da ocupação residencial. Na ocasião, Petroli ressaltou a importância da inclusão de recursos para o projeto no orçamento do município para 2023.
A área do Lago Fasolo engloba 4,1 hectares. Em 2011, na gestão do ex-prefeito Roberto Lunelli, PT (in memoriam), o município adquiriu 1,5 hectares da área lindeira. A área restante, de 2,6 hectares, incluindo o lago, pertence ao Curtume Fasolo, que através de seus representantes jurídicos, manifestou apoio ao projeto de criação de um parque.
Fotos: Kátia Bortolini