No mês em que é comemorado o Dia Internacional da Mulher, uma pequena evolução tem sido vista em torno da representatividade feminina na área de tecnologia. De acordo com um levantamento realizado pela Catho, marketplace de tecnologia que conecta empresas e candidatos de forma gratuita, entre janeiro e fevereiro de 2022 houve um aumento de 2,1 pontos percentuais de mulheres em cargos de tecnologia em comparação com o mesmo mês no ano passado. No período, a presença feminina em cargos de tecnologia representava 21,5% e a masculina 78,5%. Nos dois primeiros meses de 2022, os números já mostraram um avanço: as mulheres têm ocupado 23,6% dos postos nesse setor, e os homens 76,4%.
Os dados da Catho também revelaram uma queda na diferença de remuneração oferecida para homens e mulheres quando se trata de cargos de gestão na tecnologia. Entre janeiro e fevereiro do ano passado, a média salarial da mulher era de R$7.950,16, enquanto a do homem ficava em R$9.092,20. Já no mesmo período de 2022, a média salarial feminina em cargos de gestão nessa área passou a ser de R$8.339,90, enquanto a masculina foi para R$9.267,82. Com isso, também é possível perceber que a diferença salarial entre os sexos caiu de 13% para 10%.
Em contrapartida, a média salarial para a mulher em outros cargos de tecnologia sofreu uma queda nesse período. Em números, em 2022, essa média esteve em R$2.390,00, enquanto para os homens foi de R$2.890,00. Em janeiro de 2021 para esses postos de trabalho, a média salarial feminina era de R$2.692,00 e a masculina era de R$3.110,00. Essa queda é um reflexo do que vem acontecendo em todo o País. De acordo com a última divulgação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE, houve uma queda na renda média tanto para trabalhadores formais como informais. Na comparação com 2020, houve um declínio de 11,4% na renda média real dos brasileiros.
“O setor de tecnologia sempre foi dominado por homens, mas as ações afirmativas para reverter esse cenário vem apresentando resultados positivos, ainda que tímida, essa evolução é um passo importante para a inclusão feminina nesse universo. O levantamento revela que as profissionais estão conquistando cada vez mais espaço nesse setor e que isso tende a aumentar cada vez mais, com as ações e programas para apoiar esse movimento, assim como fazemos na Catho”, declara Patricia Suzuki, CHRO da Catho.
Pensando em contribuir para esse cenário, em janeiro a Catho e a Let’s Code, escola de desenvolvedores, formaram uma parceria para custear 25 bolsas para um curso online e gratuito para as profissionais que tenham interesse em seguir carreira na área de tecnologia. Com duração de oito meses, as alunas aprendem a como programar e, no final, ainda têm a oportunidade de participar de um processo seletivo para trabalhar na Catho. Foram oferecidas 15 vagas exclusivas para as formandas do curso.
Os dados do levantamento são da base de dados da Catho com vagas para atuar em todo o País. Além disso, atualmente a Catho conta com mais de 22 mil vagas para atuar no setor de tecnologia de diversas empresas. Já caso o candidato queira destacar seu currículo perante aos demais, pagar para contratar o Plano Profissional é uma opção, o que pode aumentar em até 18 vezes as chances do candidato ser chamado para uma entrevista, de acordo com estudos iniciais da plataforma.
Mulheres no mercado de trabalho
Essa não é a primeira iniciativa da Catho em prol das mulheres no mercado de trabalho. Em 2020 a empresa criou o projeto “Essa Cadeira É Minha”, implantado com o intuito de acender o debate sobre a equidade de gênero no mercado de trabalho. A ação se posiciona em favor das mulheres e busca promover o diálogo em relação ao assunto. Dentro desse movimento, a companhia já realizou várias ações, como o lançamento da ferramenta “Vagas Femininas”, uma extensão no navegador Google Chrome que adapta a descrição de cargos profissionais do masculino para o feminino. A empresa também promoveu a campanha “Dia da Chefe” nas redes sociais, a fim de chamar a atenção para outra problemática trazida pela desigualdade de gênero no mercado de trabalho: o tratamento dado às mulheres que ocupam cargos de liderança. No “Essa Cadeira é Minha”, a Catho deu foco à inserção de mulheres em tecnologia com a missão de impulsionar o protagonismo feminino na área de TI, por meio da capacitação, mentoria e empregabilidade. A empresa também é signatária dos Princípios de Empoderamento das Mulheres (WEPs), estabelecidos pela ONU Mulheres e pelo Pacto Global na luta pela igualdade de gênero.
Além disso, a Catho conta com 66% do quadro geral de colaboradores formado por mulheres e foi reconhecida no prêmio GPTW Mulher 2021, realizado pela consultoria Great Place to Work (GPTW), que tem como objetivo reconhecer as organizações que disponibilizam as melhores práticas do mercado no incentivo à liderança e carreira femininas.
Imagem: Skyhub