Todos sabem que os alimentos são fundamentais para a manutenção de nosso organismo e que a ingestão em excesso de determinadas substâncias traz uma série de prejuízos ao nosso corpo. Mas você sabia que a má alimentação também pode afetar a nossa audição? Por isso, no Dia Mundial da Alimentação, comemorado em 16 de outubro, fica o alerta.
De acordo com o ex-presidente da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvio-Facial (ABORL-CCF) Fernando Freitas Ganança, “erros alimentares prejudicam os três principais sintomas otoneurológicos: perda auditiva, zumbido e tontura”.
A otorrinolaringologista e otoneurologista Rita de Cássia Guimarães concorda. Segundo ela, uma alimentação rica em gorduras, açúcares e sódio altera o metabolismo, podendo prejudicar várias funções do corpo. “Os ouvidos, por exemplo, são órgãos sensíveis, que sofrem com mudanças na corrente sanguínea. As reações químicas entre os líquidos e as células presentes no ouvido interno são perturbadas com o excesso de sal. Já o excesso de glicose no sangue dificulta o transporte de nutrientes para os ouvidos. O excesso de açúcar e sódio ainda degenera as células auditivas com mais rapidez”, ressalta.
Estudo comprova relação entre alimentação saudável e prevenção da perda auditiva
As dificuldades auditivas podem ser sentidas a médio e longo prazo, de acordo com os hábitos alimentares dos indivíduos. Estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Harvard (EUA), tendo à frente a médica Sharon Curha, verificou a alimentação e a capacidade auditiva de quase 80 mil mulheres durante duas décadas. O resultado mostrou que dietas saudáveis diminuem em até 30% a possibilidade de a audição sofrer prejuízos com o passar dos anos. Eles compararam o menu diário das participantes com três estilos famosos de alimentação, entre eles a dieta mediterrânea, que demonstrou grande potencial para proteger a capacidade auditiva. Essa dieta indica o consumo abundante de azeite, hortaliças, peixes e oleaginosas, e pouca carne vermelha e doces. Os resultados foram publicados no periódico Journal of Nutrition .
Especialistas também apontam que a cafeína pode prejudicar o funcionamento do sistema auditivo. A substância, encontrada não só no café, mas também no mate, chá verde, chocolate e até refrigerantes, deve ser evitada por quem tem propensão a desenvolver problemas de audição, com tendência genética. “A cafeína, bem como o tabaco e o álcool, pode induzir o aparecimento de zumbido precoce e aumentar o problema em quem já tem”, esclarece o otorrinolaringologista José Jarjura Jorge Junior.
“As células ciliadas, que ficam na cóclea, logo à frente do labirinto, e que são responsáveis pela audição sensorial, não se regeneram caso sejam danificadas. Com isso, o indivíduo vai perdendo a audição ao longo dos anos, dependendo das situações a que se submete. Má alimentação e exposição constante a sons intensos, entre outros fatores, podem agravar o problema”, diz a fonoaudióloga Rafaella Cardoso, especialista em Audiologia na Telex Soluções Auditivas.
O zumbido, que pode ser o primeiro sinal de perda de audição, afeta 278 milhões de pessoas no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). É um ruído constante que abala o dia a dia das pessoas. “Em alguns casos, o incômodo é parecido com o barulho de insetos; em outros, com o som de uma cachoeira. Alguns se assemelham ao apito de uma panela de pressão. Quanto antes o problema for tratado, mais claro será o diagnóstico e maiores serão as chances de fazê-lo desaparecer ou pelo menos minimizá-lo”, pontua a fonoaudióloga.
Além de melhorar o acesso aos sons para quem tem perda auditiva, o uso de aparelhos auditivos também é indicado para as pessoas que lidam diariamente com zumbido. A ferramenta Tinnitus SoundSupport™, presente nos aparelhos auditivos da Telex Soluções Auditivas, fornece sons do oceano e várias outras opções de sons a fim de levar alívio e conforto para quem enfrenta o zumbido.
Imagem: Gazeta do povo
Assessoria de imprensa: Telex Soluções Auditivas