É notório e generalizado o descontentamento dos brasileiros com o uso dos recursos públicos –frequentemente alvo de desvios, escândalos de propina e corrupção. Transformar esse cenário é possível, mas requer um esforço de vigilância coletivo, que seja compromisso assumido por toda sociedade. Uma das ações mais assertivas em busca dessa mudança passa pelo trabalho cada vez mais atuante de organismos de controle dos poderes, a exemplo de iniciativas como o Observatório Social do Brasil (OSB).
Em Bento Gonçalves, o OSB resume bem esse desejo de mudança vivenciada pelo povo brasileiro, pois congrega em seus quadros pessoas voluntárias que trabalham com o foco em melhorar a gestão pública. Mas, para ter sua atuação ampliada e cada vez mais presente, é preciso contar com a adesão espontânea de cidadãos.
Essa é uma necessidade latente no momento: o órgão necessita de mais pessoal disposto a colaborar com a causa, ampliando a capacidade de contribuição em prol do município. “Temos uma equipe enxuta, que precisa estar apta ao trabalho administrativo e técnico, e essa é uma atividade muito detalhista, que envolve números, conferência de documentos e pesquisa nos portais de transparência”, diz a presidente do OSB-BG, Aiala Premaor. Esse é um dos principais trabalhos do órgão, o monitoramento das compras públicas, desde a publicação do edital de licitação até a entrega do produto ou serviço. “Assim conseguimos atuar de modo preventivamente no controle social dos gastos”, reforça.
Para quem quiser se juntar ao time do OSB-BG, basta entrar em contato com a entidade pelo telefone (54) 9.8432-9337. Neste momento de pandemia, todo o trabalho pode ser realizado de forma remota, bastam os novos voluntários terem computador e acesso à internet. Apenas a entrevista e o preenchimento de cadastro ocorrem na sede da OSB-BG, na sala 108 do Bloco H do Carvi/UCS.
Entre os trabalhos da entidade também destaca-se a promoção da educação fiscal, reforçando aos cidadãos a importância dos impostos e como eles podem ser monitorados para sua devida aplicação; das micro e pequenas empresas locais na participação de licitações, a fim de gerar emprego e renda na cidade; e da construção de indicadores de gestão pública, contribuindo para seu aperfeiçoamento.
Foto: Alessandro Manzoni
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