Por Profe Ancilla Dall´Onder Zat
Recentemente, uma mãe, preocupada com a aprendizagem de sua filha ingressante no Ensino Médio, buscou saber onde adquirir uma tabela periódica para esta filha. Exultou de alegria com a informação e acrescentou “ouvi falar que o Ensino Médio vai mudar mas, por enquanto, a milha filha precisa estudar”.
Merecedora de incentivo, esta mãe prosseguiu seu caminho. De fato, o “Novo Ensino Médio”, como está sendo chamado, vai acontecer a partir de 2022 para os ingressantes no 1º ano do Ensino Médio. Está descrito na Lei 13.415/17.
A referida Lei prevê, entre outras mudanças, a (re)elaboração dos currículos a partir da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), essencial para colocar em prática a proposta de flexibilização curricular. Assim, o aluno poderá aprofundar: Ciências da Natureza, Ciências Humanas e Ciências Sociais Aplicadas, Linguagens, Matemática e, ainda, formação técnica e profissional.
O Novo Ensino Médio amplia a carga horária das escolas, de 2.400 horas para 3.000 horas. Os estudantes matriculados no Ensino Médio Regular terão a possibilidade de cursar integralmente uma formação técnica e profissional.
O MEC, por sua vez, sugere estudos e diagnóstico para a (re)elaboração do currículo das redes – pública e privada – para a implementação e adequação da nova estrutura do Ensino Médio, priorizando as necessidades dos municípios, dos setores produtivos e dos cursos profissionalizantes. A aprovação e homologação pelos Conselhos deverá ocorrer ainda este ano, bem como a formação para os profissionais da Educação, como ocorreu em reformas anteriores.
A nova proposta tenta ser mais atrativa para os jovens, incentivando-os ao protagonismo pela escolha formativa e também pelos modelos que substituem a estrutura tradicional das disciplinas por itinerários, que aliam conhecimentos e habilidades aplicados.
Muitos outros aspectos do Novo Ensino Médio merecem estudo e reflexão, para oferecer perspectivas aos alunos em seu projeto pessoal. No novo modelo, percebe-se a necessidade de pensar, muito cedo, ainda no Ensino Fundamental, num projeto de vida que inclua a formação do estudante. Aliás, projeto de vida é algo, como dizem os estudiosos do tema, que responde a muitas questões: ser ou existir? Onde estou? Onde quero chegar? Qual a motivação e o engajamento para atingir o objetivo pretendido? Essas e outras questões sugerem ao estudante para pensar: qual o meu projeto de vida?
Que as mudanças no Ensino Médio incentivem pais e educadores a orientar filhos e alunos em seu projeto de vida, para que, além do conhecimento e habilidades, se tornem pessoas “de bem”, saudáveis e felizes.
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