Mestre de várias gerações de enólogos, ele é da primeira turma de enólogos formados na então Escola Agrotécnica Federal Juscelino Kubitschek, ainda em 1962, hoje Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS). Professor, enotécnico, consultor, empreendedor e escritor, foi um dos fundadores da Associação Brasileira de Enologia (ABE) e primeiro presidente. Autodidata, aprendeu sozinho francês, italiano e espanhol. Sua atuação, definitivamente, mudou os rumos da Enologia no Brasil. Em forma de reconhecimento, a ABE lança no Dia do Enólogo – 22 de outubro – a obra ‘Firmino Splendor – Um Beija-Flor no Vinhedo’, assinada pelo escritor e jornalista Irineu Guarnier Filho, uma homenagem ao ‘Mestre’, como todos os enólogos brasileiros o chamam.
Em 170 páginas, Guarnier revela uma vida de muito trabalho e devoção contada pelos ex-alunos, familiares, colegas de trabalho e de confrarias, clientes e amigos do ‘Seu Firmino’. O presidente da ABE, enólogo Ricardo Morari, assina o Prefácio que carrega o título ‘Amado Mestre’, como muitos chamam até hoje. Morari, que trabalhou com Splendor em uma vinícola, testemunha em seu texto uma das lições aprendidas com ele: “Enólogo que dorme muito na vindima, dorme pouco durante o ano”.
Em 13 capítulos, Guarnier destaca que o perfil não termina como um ponto final. Com 84 anos, o ‘Seu Firmino’, aposentado, continua em plena atividade. Sua presença nos eventos sociais ou técnicos é motivo de celebração. “Com este livro, a ABE eterniza o trabalho deste homem que não se cansa de promover o vinho onde quer que ande”, destaca o escritor.
Mas este release não tem a pretensão de revelar os fatos mais marcantes dessa vida dedicada ao vinho brasileiro. Quem quiser conhecer um pouco mais dessa trajetória deve degustar a obra acompanhado de uma bela taça de vinho. O livro está disponível na biblioteca da ABE.
Fotos: Jeferson Soldi
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