Mulheres rurais de Nova Prata demonstram seu protagonismo

O meio rural é cheio de mulheres batalhadoras que produzem os alimentos que chegam à mesa dos consumidores todos os dias e se dedicam à família. No seu dia-a-dia, contam com o auxílio das extensionistas da Emater/RS-Ascar, que com sua dedicação e trabalho transformam a realidade das famílias e comunidades rurais, promovendo bem-estar, qualidade de vida e desenvolvimento.

A fim de homenagear e evidenciar o protagonismo feminino, a Emater/RS-Ascar destaca algumas histórias de mulheres assistidas pela Extensão Rural e Social, que trabalham na atividade agropecuária no município de Nova Prata.

Nicole Tedesco, residente na comunidade de Retiro, enfermeira de profissão, passou por uma transição na carreira profissional para acompanhar o crescimento e o desenvolvimento dos filhos. No sítio onde reside, possui uma lavoura com certificação orgânica, produzindo morangos, figos e brotos, e em breve vai implantar uma horta orgânica para atender à demanda da alimentação escolar e da feira. Recentemente investiu na construção de uma agroindústria para a produção de ovos inspecionados de galinhas livres, que faz parte do Programa Estadual de Agroindústria Familiar do Governo do Estado (Peaf).

Nicole diz considerar sua atividade importante, pela possibilidade de oferecer um produto fresco e livre de agroquímicos para as famílias. O foco principal é a comercialização desses alimentos direto para o consumidor final. “A mulher possui uma força incrível, sua condição de exercer e gerenciar várias atividades ao mesmo tempo é uma característica única. A mulher é multifuncional, basta empreender e acreditar no seu potencial”, afirma.

A agricultora Elenis Stella, de 31 anos, é casada há 11 anos e reside na comunidade Nossa Senhora de Lurdes. Inicialmente, vendia artesanato na feira. Com o passar dos anos, para gerar renda na propriedade, tendo como exemplo sua mãe, que sempre foi cozinheira na capela, resolveu fazer capeletti para vender. O produto teve boa aceitação e ela investiu em uma agroindústria familiar. Hoje, além de mercados, fornece massas e biscoitos para a alimentação escolar do município e da região.  Considera fundamental sua atividade na propriedade. “Minha motivação em morar aqui é a liberdade de viver, trabalhar e de criar e educar minhas duas filhas. Não voltaria a trabalhar na cidade”, frisa a agricultora.

Já a agricultora Rejane Hamerski, residente na comunidade de Santo Isidoro, conta que sempre gostou de flores e foi através das excursões em orquidários que desenvolveu mais o gosto em cultivar orquídeas. Iniciou aos poucos e hoje já possui uma estufa grande e está sempre ampliando e fazendo melhorias, se preparando para estar no roteiro de Turismo Rural. Atualmente vende orquídeas na propriedade e através de redes sociais. Em breve estará na feira do produtor. Para ela, cuidar de flores deixa as pessoas mais leves e felizes, é uma terapia. “Tenho orgulho de ser do campo e nele empreender, viver o dia a dia perto da natureza. Orgulho de ser mulher empreendedora em constante evolução, com foco e amor no que faço, removendo pedras e plantando flores, flores que exaltam seu perfume e mostram sua força e delicadeza”, ressalta.

Imagem: Divulgação