Entrevista com a psicoterapeuta holística e terapeuta alquimista, Katia Ramona Fiedler
“Toda vez que falta luz. Toda vez que algo nos falta (alguém que parte e não volta). O invisível nos salta aos olhos. Um salto no escuro da piscina. O fogo ilumina muito por muito pouco tempo (muito pouco tempo). Em muito pouco tempo o fogo apaga tudo. E tudo um dia vira luz. Toda vez que falta luz. O invisível nos salta aos olhos”.
Trecho da música Piano Bar, da banda gaúcha Engenheiros do Hawaii, composta por Humberto Gessinger
Está faltando “luz”, o invisível salta aos olhos. Para propiciar mais compreensão aos leitores sobre esse momento de descortino do invisível, o Integração entrevistou a psicoterapeuta holística e terapeuta alquimista Katia Ramona Fiedler. Confira!
Estamos vivendo uma era conturbada, na qual o acesso a milhares de informações, a confortos materiais e a comportamentos diferenciados, parece confundir o ser humano. Qual é a interpretação holística do momento atual, incluindo a pandemia do Coronavírus que assola o mundo?
Katia – Nos últimos anos vem ocorrendo uma grande mudança no padrão energético e vibracional do planeta, que se intensificou em 2012, para que se comece uma nova etapa, um novo caminho. A partir de então, a “luz” começou a penetrar com mais força na Terra e as pessoas começaram a despertar. Mas existe uma enorme quantidade de pessoas que ainda não conseguiu perceber essa “luz”, perceber que o caminho que temos que trilhar é o do autoconhecimento.
Precisamos olhar as nossas sombras, iluminá-las e percebermos quem realmente somos. Vivemos em comunidade e precisamos nos dar conta de que, enquanto o outro não estiver bem, eu também não estarei.
O Coronavírus, que apareceu de uma forma repentina e já nos ensina que não adianta eu estar saudável se o outro que passa ao meu lado na rua não estiver, vem e nos coloca dentro de casa, vem e nos coloca no ócio, com a morte à espreita, para refletirmos, meditarmos, sobre nós, sobre a vida, quem somos e o que realmente estamos fazendo aqui. O que estamos fazendo com nós mesmos, com o outro, com a Natureza e com o Planeta? Precisaremos entrar nessas sombras e conhecê-las, incluir tudo o que foi reprimido dentro de nós e excluído da sociedade. Então quando pudermos transcender o medo e o sofrimento, promoveremos a integração interna e da sociedade e estaremos alinhados com o novo padrão vibracional da Terra.
Já entramos na Era de Aquário?
Katia – Não há um consenso sobre essa data, ou seja, se já entramos definitivamente na Era de Aquário. O que astrólogos, astrônomos, cientistas, canalizadores, terapeutas holísticos, físicos e muitos outros pensadores e estudiosos do assunto sabem é que estamos em transição, e isso é inquestionável.
Quais são os paradigmas que devem ser revistos?
Katia – Nessa nova Era Astrológica é esperado que a humanidade repense suas estruturas de maneiras sustentáveis e saudáveis. Os movimentos sociais irão ganhar mais força, voz e espaço. O consumo consciente ganhará mais importância, abrindo espaço para produtos ecológicos, sustentáveis e sem crueldade animal. Além de fazer com que as pessoas procurem maneiras para se autoconhecerem, se encontrarem, de forma emocional e espiritual, aumentando a demanda por terapias convencionais e complementares/holísticas/integrativas e, também, por práticas voltadas para o equilíbrio corporal e emocional como, por exemplo, a yoga e a meditação. É a chamada Era de Ouro, espera-se uma sociedade mais cooperativa, mais colaborativa, menos egoísta, mais voltada para o Ser.
Por que as pessoas são iguais e, ao mesmo tempo, tão diferentes?
Katia – Somos seres humanos, somos iguais perante o Criador, todos temos desafios e isso nos coloca em igualdade, mas temos graus de consciência muito diferentes. Lidamos com os desafios de forma diferente, damos sentidos diferentes à vida, e o assunto é vasto e complexo. Trata-se de um paradoxo. Precisamos compreender essa diversidade, lá fora e dentro de nós, de forma muito abrangente, para podermos nos alinhar a esse novo momento da humanidade.
Há um caminho evolutivo para a espécie humana?
Katia – É inegável que o ser humano evoluiu, biologicamente (lei de Darwin) e tecnologicamente. Chegamos em um momento em que a humanidade precisa dar um salto de qualidade no sentido humanitário e consciencial também. Ainda vemos atrocidades, iniquidades, violência, supremacia de grupos perante outros, ganância desmedida, egoísmo, mal generalizado (claro, também existem muitas coisas maravilhosas acontecendo, sempre)… Também estamos presenciando, como nunca, uma enxurrada de informações para nos tornarmos seres humanos melhores. Livros de autoajuda, de desenvolvimento pessoal, de espiritualidade, uma infinidade de técnicas terapêuticas e terapeutas prontas para ajudar e acolher. Certamente isso não é uma simples coincidência. Uma força maior está nos sacudindo, isso é inegável.
Porque o antigo já não serve mais?
Katia – Só o que não muda nesse mundo é a “certeza de que tudo muda”. É um fato, é matemático. Chegamos em um ponto crucial, astrologicamente, astronomicamente e a chegada da Era de Aquário vem trazendo essa ‘onda’, essa frequência, essa vontade, esse olhar mais apurado ao que não nos serve mais. Estamos como um ermitão que está crescendo dentro da concha, que precisa desesperadamente sair dali e encontrar uma casa nova para morar. O sofrimento do nosso semelhante, a escassez física e consciencial, isso tudo e muito mais precisa de renovação.
O que significa o novo?
Katia – Podemos traduzir o novo em “atitudes para começar a reconectar-nos com as frequências do novo mundo”:
1 – Trocar as palavras “Eu Quero” por “Que o melhor se manifeste em minha vida”.
2 – Trocar o “Eu” pelo “Nós”. Para começar a se acostumar com a lei do compartilhamento que mudará o mundo nas próximas décadas.
3 – Agradecer por estar vivo e por ter uma consciência lúcida e não condicionada pelos padrões e controles sociais.
4 – Jamais desistir de estar conectado ao que você veio realizar nesta vida.
5 – Estar disposto a quebrar os antigos paradigmas, porém, sem medo de ser julgado pelos outros.
6 – Dar menos valor para o “ter”, valorizar mais o “ser” e as amizades, pois são as únicas coisas que levaremos daqui.
7 – Compreender que a felicidade reside dentro do momento presente e ela se chama gratidão.
8 – Estar sempre conectado com seus valores espirituais, seus propósitos, pois são eles que alimentam sua alma todos os dias.
9 – Ir mais para a natureza, entrar nela, viver com ela. Respirar e sentir a vida fluindo dentro de você.
10 – Alimentar-se bem. Comer apenas aquilo que a sua consciência e seu corpo pedem. Enxergar o corpo como um presente, um templo sagrado, que deve ser tratado com respeito, com gratidão.
No que a religião pode contribuir para a estabilidade emocional das pessoas?
Katia – A religião tem o objetivo de ligar nossa humanidade ao divino. A religião (seja ela qual for) deve nos ajudar a sermos pessoas melhores. Qualquer coisa diferente disso, que contenha dogmas, crenças que aprisionam, que não permita sermos livres e que não esteja de acordo com valores como desenvolver a gratidão, a felicidade genuína, desenvolver a bondade, não deve ser praticada. Se a religião que você pratica está ensinando você a ser grato, ser feliz por estar vivo, viver o presente, que são atributos da inteligência espiritual, isso interferirá diretamente na sua saúde emocional, trazendo estabilidade, entendimento e equilíbrio.
Que terapias são bem-vindas no atual cenário?
Katia – Muitas pessoas estão vivenciando crises existenciais, depressão, desafios diversos, sem falar dos desafios que a pandemia nos trouxe. Para efetivarmos mudanças na forma de ser e viver, precisamos conhecer o que precisa ser mudado em nós. Todas as terapias que tragam autoconhecimento, que façam com que possamos alinhar alma, mente, sentimentos, emoções e o físico, são muito apropriadas para este momento. Não existe uma terapia específica, o que existe é a escolha de uma determinada terapia para algum momento específico da pessoa.
Pesquise ou consulte um profissional da área para conhecer o que mais se adequa ao seu momento. Há uma infinidade de terapias complementares, psicoterapia, enfim… ouça seu coração, peça ao seu ‘protetor ou anjo da guarda ou guardião’ que te indique o melhor caminho. Todos temos intuição, basta silenciar e confiar, a resposta virá.
Para quem deseja investir em autoconhecimento, no desenvolvimento pessoal, na promoção de mudanças, em novas maneiras de olhar e agir (perante situações, pessoas e consigo mesmo), aliviar dores e desconfortos (como insônia, constipação, ansiedade, medos, dificuldade de relacionamento), o sistema que escolhi e que utilizo, a ALQUIMIA FLORAL, possui ferramentas apropriadas para colaborar com você nesses processos.
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