As empresas de telecomunicações iniciaram o processo de implantação do 5G no Brasil, com cronograma acelerado para os principais estados. A Algar Telecom já é a 1ª operadora a lançar 5G em frequência vendida pelo leilão da Anatel, nas cidades de Uberlândia e Uberaba, de Minas Gerais, e Franca, de São Paulo. A partir daí, outras cidades pequenas também estão na corrida para conseguir a nova rede antes do prazo definido. A rapidez para implantar a tecnologia acontece devido ao seu potencial para melhorar a infraestrutura tecnológica, popularizando o acesso ao mundo digital, às redes e aos serviços públicos. Entretanto, especialistas acreditam que a instalação precisa ser feita de forma planejada, principalmente devido ao cenário atual de conectividade do país.
As redes celulares são o meio de acesso mais usado atualmente, e este padrão apenas irá se reforçar com a implantação do 5G, que trará diferentes vantagens para os consumidores brasileiros. “O 5G permite velocidades de acesso iguais ou mesmo superiores ao WiFi para acessar a internet. Com estas velocidades, é perfeitamente possível usar a rede celular como substituto da fibra ou do ADSL para acesso residencial à Internet, através de roteadores e pontos de acesso fixos para 5G”, afirma Augusto Carvalho, gerente de Portfólio de Energia da Imagem Geosistemas.
Entretanto, embora 81% da população tenha acesso à Internet, sendo que mais da metade desse número seja exclusivamente por rede celular, em termos territoriais o panorama é completamente diferente – por exemplo, com o 4G, a tecnologia atual mais recente e que já permite um acesso satisfatório à Internet, apenas 9,71% do território tem cobertura 4G, segundo a ANATEL. Logo, levar a conectividade aos brasileiros que não possuem – quase 40 milhões – será um desafio para a instalação do 5G no país.
“O 5G, na verdade, possui um alcance bastante reduzido, e precisa de um planejamento de cobertura de rádio detalhado. Nessa área, as tecnologias e sistemas de processamento geoespacial, como o Sistema ArcGIS da Imagem Geosistemas, permitem não só identificar e mapear as zonas de sombra e sem cobertura, como simular e planejar qual a melhor localização para novas torres e células. Assim, além de expandirem a cobertura da conectividade, também garantem custos menores de implantação para os governos das cidades”, explica Augusto.
Para o especialista, os sistemas de inteligência geográfica podem auxiliar inclusive em opções sustentáveis, permitindo simular e viabilizar a alimentação das instalações de telecomunicações por meio da energia solar. Isso porque, para possibilitar a conectividade, é preciso alimentar as antenas com energia, o que se torna difícil na zona rural, por exemplo, ou locais que não são próximos de agregados populacionais. A energia solar pode entrar como uma solução por permitir a alimentação destes equipamentos com a energia do sol, sem necessidade de estender e manter uma rede elétrica.
Imagem: G1
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