Análise do OECON do CIC-BG mostra criação de 413 postos de trabalho em fevereiro
Embora menor do que o saldo de empregos registrado em janeiro (+880), o mês de fevereiro voltou a apresentar performance positiva na geração de empregos em Bento Gonçalves, com 413 postos de trabalho. Com isso, a cidade acumula 1.293 novas vagas nos dois primeiros meses de 2021 – crescimento de 17% em relação à igual período do ano passado –, contribuindo para que o município atingisse saldo positivo entre admitidos e desligados (+611) no período da pandemia, entre março de 2020 e fevereiro de 2021.
Os números fazem parte do boletim do Observatório da Economia (OECON) do Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves (CIC-BG), baseados nos dados de fevereiro do Novo Caged, divulgados no dia 30 de março.
Novamente a indústria apareceu como grande responsável pelos bons números, tanto para o mês de fevereiro de 2021 quanto para os resultados acumulados entre fevereiro/20 e março/21. “No primeiro caso, a indústria contribuiu com um saldo positivo de 220 vagas e, no segundo, com a geração de quase mil novos postos”, analisa o professor da Universidade de Caxias do Sul Fabiano Larentis, um dos autores do boletim e membro do OECON.
Larentis também observa a evolução dos saldos de empregos por mês, de fevereiro de 2020 a fevereiro de 2021. Para ele, ficam claros os impactos da pandemia nos diferentes setores, principalmente em serviços, e a retomada de empregos a partir de julho. “Evidencia-se o mês de janeiro, com o maior saldo de empregos da série, assim como o de fevereiro, cujos setores não apresentaram saldo negativo, algo que não ocorria desde novembro”, destaca.
Quanto aos empregos formais analisados anualmente, o dado de 2021 (45.993, até fevereiro) está muito próximo do maior da série (2014, com 46.066) e quase 3% superior a 2020 (44.700). Para Larentis, caso a projeção de crescimento do nível de empregos a partir de junho de 2020 permanecesse, a tendência seria ultrapassar o patamar de 2014 em março, atingindo 46.220 empregos. “Todavia, muito provavelmente a intensificação da pandemia em meados de fevereiro de 2020 no estado e no país deverá gerar outro cenário”, comenta.
Foto: Arquivo Ascom/Davi Da Rold
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