Entre janeiro e março de 2023, foram registrados no sistema de informação do Ministério da Saúde mais de 3 mil casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por vírus sincicial respiratório (VSR) e como esperado, pela história da doença, esses casos são em sua maioria, em crianças menores de 4 anos, alerta Sociedade de Pediatria do RS
A Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS) vem a público alertar a população sobre o preocupante aumento no número de casos de Síndrome Gripal (SG) e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no estado e em todo o Brasil. Segundo dados observados pelo Ministério da Saúde entre janeiro e março deste ano, houve um significativo aumento na ocorrência dessas síndromes respiratórias.
O membro do Comitê de Infectologia da Sociedade de Pediatria RS, Juarez Cunha, lembra que se tratam de doenças que podem ter consequências graves, principalmente em crianças.
“É de extrema importância que os pais estejam atentos aos sintomas e adotem medidas preventivas para proteger seus filhos. Temos vários vírus circulando: influenza que causa a gripe, o SARS-CoV-2 que causa a COVID e o VSR causador da bronquiolite. Esse último, atualmente é um dos principais causadores dessas infecções, com uma taxa de positividade de 48%. O aspecto a ser comemorado é que em breve, teremos novidades em relação à prevenção do VSR, com aprovações de vacinas maternas que protegem a mãe e o bebê e de anticorpos monoclonais”, explicou.
Os anticorpos monoclonais são proteínas específicas que ajudam o sistema imunológico a combater vírus e bactérias através do reconhecimento de antígenos.
A SPRS destaca a importância da vigilância e do diagnóstico precoce dessas síndromes, visando evitar a transmissão das doenças. É fundamental que a população siga as medidas preventivas não farmacológicas, como distanciamento físico, etiqueta respiratória, higiene das mãos e limpeza de objetos e ambientes. Além disso, reforça a recomendação para que as crianças a partir dos 6 meses de idade sejam vacinadas contra a gripe e contra a COVID nas campanhas que estão em curso.
Especificamente em relação ao VSR, lembramos que o Ministério da Saúde disponibiliza o uso do anticorpo monoclonal palivizumabe para crianças elegíveis, que são aquelas com maior risco de complicações da doença, como prematuros e crianças com doenças pulmonares crônicas. A dose indicada é de 15 mg/kg/dose, por via intramuscular, com até 5 doses e intervalo de 30 dias.
A Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul reforça seu compromisso com a saúde infantil. A orientação para a população é conversar com o seu pediatra que pode fornecer informações e orientações sobre as síndromes gripais e respiratórias.
Foto: Divulgação
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