“Aproveite a data da Páscoa e valorize a arte indígena”. A sugestão é da extensionista e antropóloga Mariana de Andrade Soares, que é coordenadora de Assistência Técnica e Extensão Rural e Social (Aters) para Povos Indígenas da Emater/RS-Ascar, ao destacar que o artesanato indígena pode ser considerado uma das principais fontes de renda das famílias indígenas no Rio Grande do Sul, envolvendo os quatro povos indígenas no Estado – Charrua, Guarani, Kaingang e Xokleng.
Os cestos, de diversos tamanhos e cores, começam a ser confeccionados alguns meses antes da Páscoa. “Homens e mulheres passam a dedicar seu tempo para a confecção desses cestos, muitos deles alusivos ao “coelhinho da Páscoa”, como estratégia para atrair mais consumidores”, avalia Mariana.
A paisagem de muitas ruas das cidades se transforma, com a presença de centenas de artesã(o)s da etnia Kaingang, que se deslocaram de diversas aldeias do Estado para vender o seu artesanato. Na capital do RS, Porto Alegre, não é diferente.
Em 2023, a Emater/RS-Ascar, em parceria com a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), lançou o Projeto Valorizando a Arte Indígena, com o objetivo de sensibilizar a população gaúcha sobre o artesanato indígena.
Para Mariana, “por trás de uma peça artesanal tem modos de saber e fazer ancestrais; um tempo de dedicação desde a coleta da matéria-prima, preparo e finalização da peça; e o deslocamento para venda”.
Cada peça de artesanato é carregada de significados simbólicos e culturais de cada etnia e, ao comprá-la, cada pessoa está contribuindo para a valorização dessa cultura.
Segundo Mariana, a Emater/RS-Ascar vem atuando junto às aldeias indígenas, através do contrato com a SDR e, entre as metas está a de desenvolver ações individuais e coletivas para o fortalecimento do artesanato e a inclusão de artesãos em feiras e eventos em todo o Estado.
Foto: Divulgação Emater/RS-Ascar
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