Na noite do domingo, 30 de janeiro, a Pastoral das Pessoas em Situação de Rua acolheu, de forma definitiva, os frades da fraternidade “O Caminho”, que serão os responsáveis, junto da equipe de leigos voluntários, pela Hospedagem Solidária da Diocese de Caxias do Sul. A partir deste ano, o serviço passa a ser contínuo e não somente durante os meses de inverno.
Serão três os frades que estarão em Caxias do Sul para a finalidade de acompanhar e organizar a acolhida às pessoas em situação de rua. Além deles, outras duas pessoas que atuam diretamente no atendimento aos dependentes químicos também farão parte da comunidade. Desde 2018, a Pastoral das Pessoas em Situação de Rua oferece o serviço, que antes era itinerante, nos salões paroquiais. Com a nova modalidade, a intenção é que para o inverno deste ano, o novo espaço passe a funcionar, junto ao Salão Paroquial São Vicente de Paulo, no bairro Jardelino Ramos.
Os frades passam a residir na casa paroquial São Vicente de Paulo e os próximos passos serão da organização do espaço e das estratégias de atendimento às pessoas em situação de vulnerabilidade. Nesse sentido, a Pastoral das Pessoas em Situação de Rua já formalizou a criação de uma associação, com a finalidade jurídica de manter o serviço com a ajuda da comunidade caxiense.
Além da equipe da Pastoral das Pessoas em Situação de Rua, os frades foram acolhidos pelo vigário-geral da Diocese, padre Leonardo Inácio Pereira e pelo responsável pela Hospedagem Solidária, padre Daniel D’Agnoluzzo Zatti.
Sobre a fraternidade O Caminho
Fraternidade católica, plurivocacional, formada por consagrados, sacerdotes e leigos nos seus mais variados rostos e idades. Teve seus inícios na periferia da Zona Sul da cidade de São Paulo, no ano de 2001, com Pe. Gilson Sobreiro, fundador, juntamente com Ir. Serva das Chagas Ocultas do Crucificado, cofundadora, a leiga Márcia Oliveira Maia Prates e alguns jovens.
A dramática realidade do vício das drogas e do tráfico, no qual se encontravam centenas de jovens, foi o “ponta pé” inicial que deu origem à fraternidade. Alguns dos primeiros membros abraçaram a Vida Consagrada pela profissão dos Conselhos Evangélicos de pobreza, obediência, castidade e total disponibilidade ao Reino; outros fizeram os seus vínculos como Leigos Associados, outros permaneceram como membros da Juventude. À medida que os anos se passaram, somaram-se a estes, os casais e as crianças.
Parte inseparável da fraternidade são os “filhos prediletos”, que é como chamamos os nossos acolhidos. Muitos deles, depois de reabilitados, se juntaram à fraternidade, formando um importante exército de resgate daqueles que ainda se encontram no mundo das drogas, do tráfico, da criminalidade, em situação de rua, de cárcere e de prostituição.
Estão vinculados à Diocese de Mogi das Cruzes, no Estado de São Paulo, sob os cuidados de dom Pedro Luiz Stringhini.
Imagem: Divulgação
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