O dirigente falou especialmente sobre pontos da meta 11, que envolve itens da Educação Profissional no Estado. O objetivo é triplicar, até o último ano de vigência do plano, as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade social da oferta e, no mínimo, 50% da expansão no segmento público. “Iniciamos o debate no começo de agosto com uma revisão das ofertas e propostas da educação profissional do Rio Grande do Sul. Teremos que passar por uma discussão de como podemos repensar questões no ensino técnico agrícola”, destacou.
Guedes apresentou pesquisa realizada em conjunto com o Itaú Educação e Trabalho que mostrou que 38% dos cursos não estavam atualizados e não conversavam com suas regiões. “O primeiro momento tem uma revisão da oferta dos cursos já oferecidos. A partir de agora vamos operacionalizar com os diretores e as coordenadorias, nada será feito sem falar com as pessoas que fazem acontecer que são vocês”, salientou aos participantes do evento.
Entre os focos mostrados pelo superintendente estão a elaboração de um planejamento de conjunto de expansão de oferta no primeiro ano de vigência do plano, o estabelecimento, dentro de dois anos, de um sistema integrado de informações, parcerias entre instituições governamentais e não governamentais, além de buscar assegurar por meio de ações da Secretaria da Educação que a rede estadual de nível médio tenha condições plenas para implementar a Educação Profissional integrada ao Ensino Médio.
O dirigente explicou que nos três primeiros meses de estudos se conseguiu reduzir em 18% dos cursos com baixa aderência econômica além da revisão de 309 currículos. “Ainda temos 24% dos cursos que não dialogam com o cenário econômico da região. Esses cursos terão alta taxa de desistência e baixo índice de matrículas”, frisou.
Segundo Guedes, entre os cursos priorizados que correspondem a 77% das matrículas estão administração, agropecuária, informática e eletrotécnica e que neste primeiro momento é preciso readequar e reorganizar os seus currículos. “É necessário fazer a adaptação às realidades econômicas. Por exemplo, indicamos que não há como priorizar a suinocultura em uma região que não há arranjos produtivos locais da suinocultura”, destacou.
Guedes salientou que a Suepro está solicitando a ajuda de todos os professores e diretores na adequação do curso técnico de agropecuária. “Em outro momento também queremos adequar os outros eixos dentro destes modelos, não adianta termos a noção geral e não sabermos as particularizadas. Se não tivéssemos feito uma pesquisa prévia, a verba que chegou esse ano não estaria alinhada com as necessidades das escolas”, completou.
O evento realizado pela Associação Gaúcha dos Professores Técnicos de Ensino Agrícola (Agptea) está sendo realizado no Centro de Eventos do hotel Laghetto Viverone, no município de Rio Grande (RS).
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