Novembro é o mês de conscientizar as pessoas para um perigo que muitos ainda desconhecem: o zumbido nas orelhas, um sintoma de que algo não vai bem e que pode estar relacionado à perda auditiva
Com o dia a dia cada vez mais barulhento, as dificuldades de audição não atingem mais apenas os idosos. A perda auditiva, mesmo que ainda leve, está se tornando também um problema de gente jovem. A comprovação está no crescimento de casos de zumbido entre os adolescentes, um dos sintomas da perda de audição.
Esta foi a constatação da pesquisa “Prevalência e causas de zumbido em adolescentes de classe média/alta”, realizada pela Associação de Pesquisa Interdisciplinar e Divulgação do Zumbido, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
No mês da Campanha Nacional de Alerta ao Zumbido, a comprovação de que o índice de jovens com zumbido vem crescendo acende o alerta, principalmente em razão do uso diário dos fones de ouvido. Muitos ainda escutam a música em volumes ensurdecedores, o que piora o quadro.
Durante a pesquisa, foram feitos testes auditivos em 170 adolescentes na faixa de 11 a 17 anos. Cerca de 95% relataram ouvir música com os fones. Desses, 77% assumiram que deixam o volume alto, e ao serem questionados se já tinham tido zumbido nos últimos 12 meses, 54,7% disseram que sim. Destes, 51% relataram que sentiram zumbido logo após usar fone de ouvido por muito tempo ou ao saírem de um ambiente muito barulhento.
Testes auditivos também revelaram que 28,8% desses adolescentes sentiram zumbido em níveis comparados aos de adultos. O mais alarmante é que esses jovens disseram não se incomodar com o ruído e, por conta disso, não falaram sobre o problema com seus pais, nem procuraram ajuda médica.
“Há uma relação direta entre o excesso do uso de fones e o zumbido porque, com os fones, o som penetra diretamente no canal auditivo. Os males à audição podem variar, dependendo o tempo de uso e do volume do áudio. Por isso, a prevenção é essencial. Além disso, o repouso/descanso auditivo é fundamental, após a exposição ao som”, alerta a fonoaudióloga Rafaella Cardoso, da Telex Soluções Auditivas.
De acordo com a especialista em audiologia, a perda auditiva tem efeito cumulativo, podendo se agravar ao longo do tempo. “Quanto mais cedo for detectada a perda auditiva, melhor. Recomendo a todos que usam fones de ouvido que façam uma avaliação chamada audiometria. É o exame que revela se o paciente já tem perda auditiva e como deve proceder, a partir daí, para evitar o agravamento da deficiência”, aconselha.
A exposição ao som intenso e frequente, acima de 85 decibéis, pode provocar danos irreversíveis à audição com o passar do tempo. Se as pessoas continuarem se expondo a níveis elevados de ruído poderão começar a apresentar perda de audição muito cedo, entre 30 e 40 anos. Intensidades de 80 a 90 decibéis já aumentam o risco de uma lesão na cóclea, que é o órgão dentro da orelha responsável pela audição.
Tecnologia ajuda a reduzir riscos
Fones mais confortáveis, os headphones promovem maior isolamento dos sons externos por meio de almofadas extras confortáveis. É necessário investir nessa tecnologia. Assim, é possível escutar música em volume mais baixo, o que reduz os riscos de danos à audição.
A tecnologia também pode ajudar quem já sente um incômodo barulho nas orelhas. Tanto o zumbido quanto a perda auditiva podem ser amenizados com o uso de aparelhos auditivos discretos e modernos. Eles estão ajudando a derrubar preconceitos e preservando a vaidade, tão acentuada entre os jovens.
Para tratar pacientes com zumbido, a Telex Soluções Auditivas tem disponível no mercado os aparelhos da família Oticon Opn S™, com o discreto modelo miniRITE. A prótese auditiva emprega a tecnologia Tinnitus SoundSupport™ e oferece um grande número de opções de sons de alívio – como os sons do oceano – para que cada pessoa possa personalizar os sons que lhe trazem alívio, de acordo com a necessidade.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 20% da população mundial sofre de zumbido na orelha ou tem algum grau de perda auditiva.
Imagem: UOL
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