Mês interessante junho! Início do inverno, dia dos namorados, dos santos Antônio, Pedro e João! Mês frio… com várias coisas boas a se curtir. Porém, como tudo na vida, também carrega contradições. Com o clima de inverno, o frio, muitos sofrem o desalento de carências múltiplas; outros tantos, sofrem o frio da solidão e do abandono e nestes anos de pandemia, todos sofremos com o inusitado das situações que temos vivido, de isolamento, adoecimento, perdas de toda a ordem, reorganizações obrigatórias, no tempo exigido e não no tempo do amadurecimento e prontidão.
Final de semana especial pelo dia dos namorados… o amor está no ar!
Amor… será possível pensar em amor em tempos tão difíceis?
Ao longo da história o ser humano se pergunta a respeito do amor, este sentimento tão intenso, forte, buscado, esperado, desconhecido, intrigante. Os diferentes contextos históricos assinalam compreensões e conceitos diferentes para o amor. Há muitas definições e indefinições a respeito.
Ultimamente, temos o triste entendimento sobre um amor líquido… que se esvai entre os dedos, que não se constitui, não permanece e, assim sendo, será mesmo amor?
Onde o vemos, se olharmos agora ao redor? No olhar apaixonado dos namorados! No olhar encantado e orgulhoso dos pais a seus bebês, a seus filhos! No cuidado dos filhos para com seus pais idosos! Na dedicação extrema dos profissionais da saúde, para nos ajudarem a enfrentar a Covid-19. E aqui, o amor adquire uma conotação um pouco diferente, amor por estranhos que, por um breve tempo, estão sob os cuidados de alguém da enfermagem, da medicina, de outras áreas da saúde. Correr riscos por estranhos, por uma causa, por uma profissão. Com certeza isso também é amor.
Bem, também podemos dizer que o encontramos na fé, nas preces, nas festas religiosas e comunitárias, tão comemoradas neste junho. Um amor que é transcendente, capaz de envolver e abençoar a todos! Mas os encontros de fé e oração, tão necessários e prazerosos, têm se mostrado de risco.
Vemos que são muitas e variadas as formas de amor e as suas definições. Um sentimento complexo! Chegamos ao ponto de encontrar amor no afastamento proposital das nossas pessoas mais queridas… para evitar contaminação. E assim conseguimos entender de que forma os conceitos de amor podem variar ao longo do tempo e da história.
Estamos sendo desafiados a amar do jeito possível, respeitando as necessidades e o contexto dramático e sui generis deste momento. Amar os próximos, a quem admiramos e também amar os que não conhecemos, os que também podemos proteger com nosso afastamento. Incrível isso, não?! Surreal! Amar é estar distante! É considerar o risco e o direito do outro, mais do que a minha vontade e necessidade.
Temos visto também, uma forma coletiva e inespecífica de amor, em diversas homenagens prestadas a quem não resistiu a este período tão cruel. Homenagear com vida aqueles que a perderam. Nesta, que foi a Semana do Meio Ambiente, muitas árvores foram plantadas em memória das vítimas da Covid-19. Uma forma de sublimar nossas dores e ligar a memória dos nossos queridos a uma forma generosa de vida.Nós, da BPW Bento Gonçalves (integradas a uma ação da BPW Brasil e Internacional), aliadas à Secretaria Municipal do Meio Ambiente, também prestamos nossa homenagem à colega e amiga que partiu,Ivone Luchese Oselame, que simbolicamente vai seguir florescendo e acolhendo a todos, agora com a beleza de um lindo Ipê Amarelo!
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