Novembro é um mês de final da primavera no hemisfério sul e final de outono no hemisfério norte. Assim, novembro no hemisfério sul é o equivalente sazonal de maio no hemisfério norte. Um mesmo mês nos remete a realidades bem diferentes, em contextos tão distintos.
Estar em novembro também é mais ou menos como estar na “sexta-feira do ano”: sextou 2024! Quase no intervalo das funções de trabalho, às vésperas do descanso, que acaba por ser um breve descanso, que deixa saudades.
Época em que também buscamos finalizar projetos, ter a sensação de “cozinha arrumada”, fazer balanços de perdas e ganhos, projetos para o novo ano que se aproxima rapidamente. Momento importante, que antecede o fechamento e a retomada, embora não tenha o mesmo glamour de dezembro.
Dezembro chega com vida, Natal, verão, férias! A maior exposição à radiação solar, em dias mais longos, estimula a produção de dopamina, melatonina e serotonina, dando às pessoas a sensação de maior alegria. Um presentão!
Mas, tudo a seu tempo, novembro é processo, antecâmara. Precisamos passar por ele para chegar a dezembro. Aliás, isso é algo que se revela na vida, sempre há muito a fazer antes de chegar no auge, antes de alcançar objetivos, realizar sonhos, antes de aprender.
Os seres humanos vivem de maneira muito diferente este mês, conforme o hemisfério em que se encontram, nos lembrando que o contexto e o ponto de visa nos dão referenciais que não são constantes, mas relativos. Cada lugar e estação em seu tempo, com suas necessidades e características, sem que nenhuma das duas esteja exagerada em relação à outra ou em desacordo, mas apenas no exercício de sua natureza. Alternância normal, compreendida e esperada, equilíbrio.
Equilíbrio… tão necessário e, por vezes, tão difícil ou insustentável, diante das exigências da vida, dos excessos que a atualidade nos impõe, frequentemente imprimindo velocidade tecnológica ao nosso cotidiano, desconsiderando nossa condição humana.
Durante o ano todo, precisamos nos adaptar às constantes exigências de atualização, às urgências e aos padrões, ou então, nos esforçarmos por pensar “fora da caixa”, outra grande demanda, por criatividade sob encomenda. Diferenças, nem sempre respeitadas e valorizadas, fazem parte da vida, das estações, dos hemisférios, de tudo, na verdade. Estão mais presentes que as semelhanças, colorem a vida e modulam sentimentos.
Chegamos a novembro com nossos incômodos, frustrações e desejos de poder ser e fazer melhor; orando, consultando horóscopo, encontrando amigos.
Mas a proximidade das Boas Festas faz valer o esforço, aqui, ao final do ano. Teremos noites felizes, clima ameno e merecido descanso… amém!
Por Conexão BPW
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