Destinado, exclusivamente, a vinhos elaborados em regiões de montanha ou de culturas heróicas, o Mondial des Vins Extrêmes 2023, realizado nos dias 28 a 29 de setembro no Valle d’Aosta, na Itália, tem o propósito de promover e valorizar a produção enológica destas terras que se caracterizam por dificuldades estruturais, mas também por vinhos singulares e de personalidade extraordinária. O Brasil teve um excelente desempenho no concurso, conquistando 16 premiações, entre elas três prêmios especiais, três Grande Medalhas de Ouro e 10 Medalhas de Ouro.
Dos 863 vinhos inscritos, apresentados por 319 adegas de 26 países, 284 foram selecionados e, como prova da elevada qualidade dos vinhos, confirmados por unanimidade pelos 45 degustadores internacionais. Entre o júri, dois enólogos brasileiros, representando a Associação Brasileira de Enologia (ABE), André Peres Júnior e Dirceu.
Segundo Peres, o Concurso Mondial des Vins Extremes é distinto, principalmente pelas características dos vinhos apresentados. Foram mais de 800 amostras degustadas, de vinhos das mais diversas e inóspitas regiões, com variedades de uva, estilos de vinificação e envelhecimento que fogem do habitual. “Foi uma grande oportunidade poder conhecer enólogos e viticultores que trabalham com realidades distintas e extremas, além da troca de informações, que é sempre muito construtiva. Degustadores de todos os cantos do mundo, da Rússia e Ucrânia ao Brasil e Peru, passando pelas pequenas ilhas da Grécia e Espanha, participaram do evento. Sem dúvidas, uma experiência única e marcante”, destaca.
Para Scottá, o concurso só tem a crescer. “É um belo concurso que deve se desenvolver cada vez mais justamente pelo seu formato de preservar e valorizar os vinhos elaborados neste tipo de região, o que torna o evento ainda mais interessante”. Ele comenta, ainda, que a grande maioria das vinícolas mostra que é possível fazer vinhos em regiões bastante adversas, especialmente em relação ao relevo. “A maior parte delas atua sem nenhuma mecanização no vinhedo. Além disso, muitos vinhos apresentam características distintas de terroir e variedades autóctones, com pequenas e limitadas produções em termos de volumes. Uma experiência fantástica.
PREMIAÇÕES
GRAN PREMIO CERVIM 2023 (maior pontuação do concurso)
Quinta da Neve Touriga Nacional 2022 – Quinta da Neve
PRÊMIO SPECIALE CERVIM 2023
Vitivinícola Jolimont
PRÊMIO ECCELLENZA CERVIM 2023
Vivalti Touriga Nacional 2020 – Vinícola Vivalti
GRANDE MEDALHA DE OURO
Jolimont Reserva Pinot Noir 2021 Vitivinícola Jolimont
Quinta da Neve Touriga Nacional – 2022 Quinta da Neve
Vivalti Touriga Nacional- 2020 Vinícola Vivalti
MEDALHA DE OURO
Distinto Licoroso 12 Anos 2011 – Vivitinícola Don Affonso
Garibaldi Espumante Viognier 2022 – Cooperativa Vinícola Garibaldi
Jolimont Arinarnoa Querências 2020 – Vitivinícola Jolimont
Jolimont Cabernet Sauvignon Gran Reserva 2017 – Vitivinícola Jolimont
Jolimont Reserva Morro Calçado Cabernet Sauvignon 2021 – Vitivinícola Jolimont
Quinta da Neve Pinot Noir Cuvée de Safras 2021 – Quinta da Neve
Soliman Romerwein Reserva Chardonnay 2022 – Soliman Indústria E Comércio de Vinhos Finos
Vivalti Assemblage 2021 – Vinícola Vivalti
Zanotto Espumante Natural Brut Champenoise 2018 – Vinícola Campestre
Zanotto Sauvignon Blanc 2022 – Vinícola Campestre
Foto: Divulgação ABE
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