O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção e Mobiliário (Sitracom BG) promove, no dia 18 de maio, a Plenária TRABALHO COM CIDADANIA. O evento inicia às 14h, no Auditório da entidade, e colocará em debate assuntos com o trabalho análogo à escravidão, a precarização, a terceirização e a nova Cipa.
Participam o Regional do Ministério do Trabalho e Emprego de Caxias do Sul, Auditor Fiscal Vanius João de Araújo Corte, o Superintendente Regional do Trabalho no RS, Claudir Antonio Nespolo e a Advogada Bruna Marin. A intermediação será da Presidente do Sitracom, Adriana Machado de Assis.
“O objetivo é debater a chamada escravidão moderna, a terceirização da atividade fim, a precarização do trabalho, os ataques aos direitos dos trabalhadores e buscar medidas que possam ajudar para que cidadania, respeito e dignidade tenham destaque no ambiente de trabalho” explica a Presidente.
Segundo dados do Ministério do Trabalho, neste ano, foram resgatadas mais de 520 vítimas de trabalho análogo à escravidão. No Rio Grande do Sul houve um aumento de 214% de resgate de trabalhadores nesta situação entre 2021 e 2022.
Adriana Machado de Assis ressalta que todo o trabalho deve ser digno. “Uma relação trabalhista, entre empregador e empregado, tem que ter respeito mútuo e um maior número de pessoas com empregos dignos significa um crescimento econômico forte e inclusivo” ressalta, acrescentando que o conceito de trabalho digno tem que ser entendido pela população, em seu real sentido. “Cito como alguns elementos fundamentais como oportunidades para realizar um trabalho produtivo e com uma remuneração justa, a segurança no local de trabalho, melhores perspectivas de desenvolvimento pessoal, igualdade de tratamento, enfim são princípios mínimos” destaca. A Presidente do Sitracom comenta que a Organização Internacional do Trabalho aborda o tema de forma de uma forma resumida, que é promover oportunidades para que mulheres e homens possam ter acesso a um trabalho digno e produtivo, em condições de liberdade, equidade e dignidade.
Trabalho Igual, Salário Igual
“Neste ano, inclusive, o Sitracom tem como uma das bandeiras de luta o cumprimento do artigo 461 da CLT, que define que homens e mulheres que desempenham os mesmos trabalhos e geram o mesmo valor não poderiam receber salários diferentes. O que não acontece no mercado de trabalho, onde além do preconceito para com o gênero feminino, ainda há dificuldades para mulheres mães, mulheres negras e mulheres acima dos 40 anos”.
Estudos e pesquisas de organizações apontam que a mulher recebe até 25%, em média, a menos que o homem no Brasil. Em alguns casos chega a 34%. Exercendo o mesmo cargo e realizando o mesmo serviço. Essa desigualdade não é exclusiva do Brasil, pois a média mundial fica em 16%. “Não podemos mais aceitar essa desigualdade. Quando falamos em mulheres mães a desigualdade é maior, inclusive em relação a mulheres sem filhos. Estudo mostrou que a discriminação é dupla para as mulheres negras – pelo gênero e pela raça, mesmo quando graduadas, ganham 43% do salário de um homem branco” lamenta.
Nova Cipa
Destaque para o tema a nova Cipa – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e Assédio – Lei 14.457/2022, que instituiu medidas de prevenção e combate ao assédio e outras formas de violência no ambiente de trabalho e atribui à Cipa responsabilidades por essas medidas.
O Sitracom fica na rua Candelária, 235, ao lado do Colégio Sagrado.
Foto: Divulgação
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