O que mais podemos dizer sobre o Natal, que já não tenham dito antes e com maestria?
Temos uma data religiosa importante para muitos, pelo mundo todo. Uma data única para o comércio, que explora as mais variadas possibilidades para vender seus produtos. Ficamos nós entre os dois sentidos, a comemoração da vida, da fé e do encontro e a necessidade/desejo de presentear e também ser agraciado com uma lembrança.
Seguidamente ouvimos que Natal é todo o dia. Em conformidade ou não com as doutrinas religiosas, entendemos que será Natal sempre que deixarmos a vitalidade, a luz, o sentido de viver invadir nossas vidas.
Muito comum, também, vermos as pessoas mais sensíveis, emocionadas, reflexivas, mesmo que em meio a correrias e irritações com os tumultos desta época, quando parece que “o mundo vai acabar”. Quase de praxe, sentimos uma certa nostalgia, lamentamos não poder aproveitar como gostaríamos o “clima” de Natal, pois há compromissos a cumprir, para antes do Natal, que decreta o final do ano, ainda antes do Reveillon.
Numa conversa entre boas amigas, num destes encontros tão esperados de final de ano, um comentário destacou-se entre tantos, opinião de um profissional sobre o que é de fato importante na vida:
- Ter algo que dê sentido à vida, que nos mova, uma forte razão para acordar e viver os dias;
- Fazer o bem para alguém, praticar ações que beneficiem outras pessoas, que tragam satisfação por ajudar e sentir-se útil;
- Gratidão… gratidão profunda, que dá sentido à vida, que envolve a aceitação de quem somos e de nossa condição.
Esses três pontos levaram a uma farta troca de ideias e impressões, que provavelmente quem ler este texto também experimente. É possível concordar totalmente ou em parte, é possível discordar e, também, apresentar outros pontos julgados de fato importantes na vida.
Isso tem ares de Natal, pensar na vida, tentar extrair dela alguma sabedoria, contar aos outros o que já aprendemos, como uma lição vital a ser entregue como um presente.
Nos três pontos citados, percebemos a importância que têm para a vida as pessoas com quem convivemos e aquelas que nem sabemos quem são, mas para quem podemos fazer diferença. O contato humano em que o outro de fato tem valor enquanto pessoa, em sua singularidade. Destaca-se ainda o valor daquilo que não é tangível, que não pode ser comprado, nem se pode ganhar de presente, mas carrega todo o sentido de que necessitamos!
Propósito, interação, cuidado e gratidão! Como seria bom se pudéssemos encontrá-los em nossas vidas e distribuir, como presentes de Natal!
Tomara possamos experimentar alguma calma, algum momento de recolhimento pessoal que nos coloque em contato com nossas emoções, desejos e valores, para decidirmos como será afetiva e emocionalmente nosso Natal. Depois, o encontro, os festejos e presentes poderão ter um sentido bem mais profundo.
Um abençoado e Feliz Natal!!!